Era uma tarde chuvosa com inúmeros raios e trovões que brilhavam e estrondavam intensamente, uma tarde em que a forte chuva bloqueava minha visão e, consequentemente, ocultava todas as características dela.
Enquanto chovia, pude perceber que o brilho dela não era o mesmo, o seu cheiro e formato mudaram completamente, acredito que essa mudança fora uma ilusão de óptica ou um mosaico de meus sentimentos. A chuva não parava e eu ficava cada vez mais nervoso, até que em certo momento tudo mudou.
Repetidos trovões soaram e ecoaram além do normal, e quando o relâmpago mais forte surgiu, pude vê-la perfeitamente, parecia energizada e brilhava intensamente. Foi quando percebi que aquele relâmpago atingiu a árvore e toda a carga elétrica fora direcionada a ela.
Os galhos tremiam como se estivessem sofrendo ataque epilético e, juntamente com o vento, as folhas balançavam de um lado para outro, rapidamente. Até que a verdade foi-me relevada, sei muito bem que um raio não atinge duas vezes o mesmo lugar, mas, na verdade, isso é uma farsa. Enquanto eu olhava para ela, um relâmpago atingiu a árvore novamente.
Desesperei-me com o brilho e o estrondo do raio, foi quando percebi que ela não estava no mesmo lugar, ela caiu e se machucou extremamente, era possível ver seu sangue amarelado derramado no chão sujo, suas deformidades sofridas pela queda.
A manga despedaçou-se, sangrou, chorou, gemeu e foi pulverizada pelo último raio que a chuva poderia ceder.
João Augusto Cardoso da Costa.
muito bom...gostei muito!!
ResponderExcluirNossa que viagem maluca e muito boaaa!
ResponderExcluirMuito bom, parabens João, me surpreendi. :D
ResponderExcluirO final ganhou o conto inteiro xDD "suas deformidades sofridas pela queda." Pobre manga
ResponderExcluirmuito legal teu texto
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirObrigado gente! Quero ver as redações de vocês nesse blog.
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